Como a história de o jovem e o sábio pode mudar sua forma de lidar com o dinheiro?
Gostaria de compartilhar uma história, que há muitos anos impactou a minha vida e que mudou significativamente a maneira como eu entendia como as pessoas conseguiam obter sucesso através da questão financeira. Estou falando de objetivos financeiros.
Venho contando essa história de o jovem e o sábio, há mais de 20 anos nos eventos que realizo e recebemos depoimentos de pessoas relatando o quanto essa história simples, mudou para melhor a vida e a maneira como as pessoas lidam com o dinheiro.
Há muitos anos, existiu um rapaz novo, 22 anos de idade. Ele começou a trabalhar e ganhava, no dinheiro de hoje, uns dois mil reais. Naquele momento, o mais importante para a vida dele era gastar o seu dinheiro e viver aquele momento. Tudo aquilo que ele tinha vontade, e estava dentro das posses de crédito que ele tinha, além do salário, cartão de crédito, cheque especial, ele utilizava e ia tocando a vida daquela maneira. Tudo o que aparecia de novo, todas as viagens, ele fazia. E essa pessoa levou a vida dessa maneira por um ano, dois anos, cinco anos.
Seu salário foi subindo e quando ele ganhava 4 mil de salário, também essa quantia era gasta de forma radical em seu dia a dia. Eram em produtos, viagens para o nordeste, viagens para o sul, para onde podia ir, ele estava lá. Isso aí fazia com que ele vivesse, de certa forma, insatisfeito com aquele momento. Mas por quê? Ele fazia tudo o que queria, mas quando voltava, tinha que fazer uma administração rigorosa de seu dinheiro.
Um dia, o rapaz foi a um evento e, conversando com um sábio, falou: “Desde que eu comecei a trabalhar, achei que conseguiria ser feliz se eu fizesse tudo aquilo que eu queria, tudo aquilo que desejava. E eu sempre faço tudo aquilo que eu quero, com relação às posses estou bem, mas ainda me faltam outras coisas.”
Neste momento, o sábio olhou bem nos olhos do jovem e falou: “Hoje você tem a seu favor toda a sua juventude, mas dentro de cada ser humano, inclusive de você, existe um velho. Essa pessoa que um dia será o idoso, vai ter 65 anos, e ele reside dentro de você, ele habita o teu ser. Um dia esse senhor vai tomar posse do seu corpo e da sua vida.
A questão é: o que você vai deixar para esse idoso que está dentro de você? Quando ela tomar posse da sua vida, que vier o momento de ela usufruir da vida, o que você vai deixar pra ela? Vai deixar falta de força, porque ela já tem 65 anos e a energia que você tem hoje ela não vai ter, e dívidas? O treinamento que você fez durante sua vida é para que ela aprenda a sobreviver com uma dívida? Que vida você está preparando para esse idoso que está dentro de você?”
Naquele momento, a mudança foi drástica na compreensão da importância de se fazer uma reserva financeira na sua vida.
Você precisa reservar, não porque é importante ter dinheiro, mas porque precisa preparar a vida daquela pessoa que está dentro de você e que, em uma nova fase da vida, virá.
Quando jovem, você tem energia e força e não tem sabedoria. Quando jovem, você tem energia e força, mas não tem ainda todas as respostas. Um dia, quando você tiver 60, 65 anos, você terá todas as respostas e sabedoria, mas não terá toda essa força que você tem hoje aos 27 anos.
Quando o jovem usufrui demais, o velho que vai surgir, terá que pagar o preço por você não ter feito uma vida boa para ele.
A pergunta é: que vida que você, jovem, quer deixar para o idoso que está dentro de você? Se você começar a analisar isso, vai ver que a partir de hoje ou amanhã, um pouco do que você ganha, é recomendado que seja guardado, no mínimo 10 a 15% do que você recebe, o que eu chamo de IPF, o Imposto Pessoal Financeiro, para que o velho, quando estiver no seu corpo, possa ter uma vida privilegiada, sem ter que se esforçar e sofrer muito. Ele vai continuar trabalhando, mas não com tanta intensidade, porque você deixou para ele uma vida melhor do que ele poderia ter, e melhor do que muitos hoje em dia tem.
Espero que essa história possa mudar sua visão sobre a vida e sobre guardar dinheiro para o futuro.
